Material: Preparar a
sala com um caminho (de pano ou margens de barbante), no qual se podem colocar
os símbolos: sandálias, Bíblia, Pão, cruz e vela acesa
1.
INVOCAR O ESPÍRITO SANTO: em um lugar aconchegante, assentar-se de modo confortável
e invocar o Espírito Santo para que tenha uma proveitosa Leitura Orante da Bíblia.
2. LER O TEXTO: Lc 24,
13-35. Ler pausadamente, procurando saborear bem cada versículo, até
compreender bem o que diz todo o texto
3. MEDITAR O
TEXTO: Meditar o texto todo ou algum versículo que mais
lhe toca o coração. O que o texto me diz? Essa é pergunta que pode orientar
esse momento.
·
Durante a quaresma, fizemos uma caminhada com
Jesus, buscando consolidar bem cada passo, na acolhida da proposta da Igreja: oração, conversão, penitência e prática
de um amor mais concreto. O caminho
de Jesus nos levou à descoberta das “tentações” que residem dentro de nós e nos
impedem uma caminhada mais fiel ao seu projeto de amor, de misericórdia, de
compaixão e de bondade. Fomos convidados a deixar para trás tudo isso, para uma
adesão verdadeira, de mente-espírito-postura, à nossa vocação fundamental de
discípulos e amigos do Senhor;
·
O Domingo
de Ramos: Com o Mestre somos chamados a trilhar o caminho que o leva à
Jerusalém, a “cidade que mata os profetas”. O convite a segui-lo nos coloca no
caminho da humildade, do serviço sob pena de perder nossas comodidades,
da entrega da própria vida. Aos pés
do Mestre montado em um jumentinho reconhecemos, mais uma vez, que Ele é o
Messias, o nosso Salvador, que se faz tão próximo de nós, a ponto de se esvaziar de todo o poder para nos amar
e servir. Ali nos convém despir as vestes da vaidade, da prepotência e do
comodismo, para um empenho maior na
atenção e solidariedade aos nossos irmãos, especialmente os mais
sofredores. Também com Ele revivemos o drama da condenação e morte do Justo,
reconhecendo a dureza de nosso coração,
tão contraditório e carente de perseverança na justiça, no bem e na coragem
de testemunhar o amor;
·
A
Quinta-feira Santa: O caminho do Senhor nos leva à sua intimidade. Ao instituir a Eucaristia,
nos faz experimentar um amor
incondicional e o desejo infinito de Deus de se manter vinculado a nós,
homens e mulheres fracos, mas revigorados sempre pelos sinais de sua presença:
seu Corpo e Sangue. Se às vezes o
caminho é duro demais e nos passa pela mente a ideia de desistir ou recuar,
ouvimos do próprio Deus: “levante-te e come, pois tem um longo caminho a
percorrer”. De fato, o caminho do Senhor está terminando onde começa o caminho
do discípulo missionário. Somos convocados a “fazer a memória” dele, amando, perdoando, promovendo a vida, consolando
os aflitos, cuidando de tantos irmãos que esperam dos cristãos eucarísticos
os autênticos gestos da ternura, da acolhida e da compaixão. O caminho proposto
e vivido pelo Mestre novamente nos
propõe o desapego, o despojamento, a generosidade e a caridade que nos impele a “lavar os pés”, servir sem qualquer
restrição àqueles com os quais convivemos ou estão excluídos de nosso circulo
de relações afetivas. Assim, teremos entendido o mandamento do amor;
·
A
sexta-feira Santa: O caminho do Servo Sofredor passa pela cruz e pela morte. Revela a
dramática experiência do viver e o preço do amor oblativo. A Paixão do Cristo, escandalosamente nos aponta o
coração traspassado de Deus, que nos ensina, nos rastros de dor do Calvário e
aos pés da cruz, a relatividade de tudo
aquilo que não seja o seu Reino, a provisoriedade de nossos projetos – por
melhores que sejam- e o total despojamento da vida para gerar mais vida.
Pelo sacrifício (fazer santo, sagrado) de nossas vidas passa o caminho do
Senhor, e com Ele nós caminhamos na certeza de que a derradeira palavra de Deus
sobre o destino humano não é a morte e a destruição;
·
Solene
Vigília Pascal e Domingo da Ressurreição: Nada é capaz de abafar a
voz amorosa de Deus! Ainda que as sombras da morte e do aniquilamento tenham rondado
até o próprio Deus – muito mais estão em
nosso caminho!- a Luz que brota do
túmulo vazio e as palavras do Anjo: “Ele não está mais aqui. Ressuscitou!”, nos
motivam a percorrer apressadamente um caminho de vida e alegria que nos conduz
a um mundo descrente e desesperançado para proclamar: Aleluia! A vida vence a morte! O caminho do Paraíso não está mais
trancado! Nos passos do Redentor, chegamos ao horizonte definitivo, para o qual
não necessitaremos mais de caminho, pois Ele - o caminho, a verdade e a vida
- será nossa plenitude e totalidade de salvação.
4. REZAR A
PALAVRA: Tendo meditado, ponha-se
em diálogo amoroso com Deus, fazendo eco do texto lido e compreendido, passando
das ideias ao sentimento de intimidade com o Deus da vida. Repita alguma
palavra que mais lhe tocou e transforme em oração de agradecimento (ou louvor,
súplica, pedido de perdão, etc), fala
ndo espontânea e amorosamente com Deus.
5. COMPROMETER-SE COM A ORAÇÃO:
decida-se por um gesto bem concreto a ser realizado como consequência da
oração, pondo em prática o que a Palavra lhe sugere.